O vivo legado de Janis, quatro décadas após a sua morte

Janis Joplin morreu em 4 de outubro de 1970 (Crédito: Herb Greene)

“Algum dia eu ainda irei compor uma música que explique o que é fazer amor com 25 mil pessoas durante um show e depois voltar para casa sozinha”. A frase não poderia ter sido dita por outra pessoa, se não a lendária Janis Joplin. A cantora que se consagrou na história da música do século XX pela sua voz rasgada e agressiva morria há 40 anos atrás por overdose, após injetar-se dose fatal de heroína. Tinha 27 anos na data, e foi encontrada em um quarto de hotel de Los Angeles.

Se Janis não conseguiu compor tal música que expressasse o êxtase que sentia quando estava no palco, como afirmou na frase citada, o conjunto de sua obra conseguiu no mínimo chegar perto dessa façanha. Clássicos como Mercedes Benz e Cry Baby estão na boca dos fãs até hoje. As temáticas da dor e da perda, tão presentes nas canções que compunha e interpretava, afastaram Janis do movimento “paz e amor” da sua época. Mas sua apresentação no Woodstock foi memorável, assim como sua conturbada passagem pelo Brasil, quando foi expulsa de um hotel em Copacabana por nadar nua na piscina.

Destacando-se no rock’n’roll quando o gênero era dominado pelos homens, Janis era apaixonada pelo jazz, o folk e o blues. Seu engajamento a favor da causa da integração dos negros na sociedade americana começou cedo, ainda quando morava no Texas, estado sulista dos mais conservadores dos Estados Unidos. Seu último disco, Pearl, foi lançado postumamente, em 1971. Assista neste vídeo uma das suas apresentações na televisão, realizada em junho de 1970, poucos meses antes da sua morte. Janis interpreta “Get it while you can”.

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