Fotos inéditas dos campos de concentração nazistas são encontradas em Nova Iorque

Desde o dia 22 de junho um dos períodos mais conturbados da história mundial possui novos registros. Foi encontrado, na cidade americana de Nova Iorque, um álbum com 214 fotos do regime nazista alemão. As imagens foram atribuídas a Franz Krieger, nascido em Salzburgo, Áustria, e morto em 1993. Entre as fotos, surge um Hitler quase sorridente ao ser cumprimentado por enfermeiras e um soldado registrando os estragos da guerra além, é claro, de prisioneiros em farrapos nos campos de concentração.

As 24 páginas do álbum estavam, segundo o jornal The New York Times, em poder de um empresário de 72 anos. O homem prefere manter o anonimato, revela apenas que foi uma pessoa que trabalhou para ele quem lhe deu o álbum, recebido de um velho cidadão alemão. O empresário teria emprestado o valioso álbum ao jornal para que a divulgação aumentasse seu valor comercial, já que pretende utilizar o capital de uma possível venda para saldar suas dívidas.

A autenticidade das imagens foi confirmada pela historiadora alemã Harriet Scharnberg, que, depois de ter visto a notícia no site alemão Spiegel, enviou um email ao jornal. “As fotografias,  a maior parte delas ao menos, foram tiradas pelo fotógrafo Franz Krieger (1914-1993). Krieger trabalhou como fotojornalista em Salzburgo, Áustria. No verão de 1941, ele foi a Minsk como membro da Reichs-Autozug Deutschland (uma formação politica do regime nazi). Em Minsk, ele tirou fotografias dos prisioneiros de guerra soviéticos e visitou um bairro judeu e fotografou as pessoas pobres que lá estavam. Quando voltava para Berlim, tirou fotografias do encontro de Hitler com Horthy em Marienburg”, escreveu a historiadora, estudiosa da propaganda no regime nazi.

O Museu do Memorial do Holocausto dos Estados Unidos também foi consultado sobre a veracidade das fotografias. Para Judith Cohen, diretora da coleção de referências fotográficas do museu, “este álbum é diferente da maioria dos outros pela qualidade das fotos. O fotógrafo era claramente um profissional e sabia o que estava fazendo.” A comparação das fotos encontradas e do acervo do museu permitiu identificar alguns dos cenários e itens compositivos das fotos. O campo de prisioneiros em Minsk é retratado em várias delas, aparentemente tiradas em 1941.

*Crédito das fotos: Franz Krieger / Coleção Particular / NYT

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