A importância das cotas para a arte brasileira

A importância das cotas para a arte brasileira

Por Anna Ortega Capa: Mauricio Igor

O Nonada ouviu artistas e profissionais da cultura profissionais que tiveram suas trajetórias impactadas pelo sistema de cotas nas universidades públicas. Foto: Espiralar Encruza

Em 2017, nasce o Nacional Trovoa, coletivo de artistas negras e indígenas. Nesses cinco anos de atuação, o grupo vem conquistando os espaços que reivindica desde sua formação inicial.

Silvana Rodrigues integra o grupo de teatro Pretagô, que nasceu na faculdade: "as cotas abriram portas para esse encontro de gente preta cheia de vontade e qualidades"

Para Zélia Amador, ex-reitora da UFPA, em Belém, as cotas são pedagógicas. "A sociedade vai sendo educada, porque vê que pessoas negras podem ocupar qualquer profissão”

"Estar na universidade foi um divisor de águas. Foi também um lugar em que eu me entendi muito mais enquanto uma pessoa racializada", diz a artista Mayara Velozo

Mas quem se forma em cursos de artes e adentra o mercado e o circuito, encontra qual cenário? (Arte: Leandro Cerqueira)

Para a curadora de arte Luciara Ribeiro, é preciso ter cotas também nas instituições culturais.   “Não é diversidade ter uma ou duas pessoas negras em uma equipe de 40 pessoas brancas”

“É duro demais ver as coisas  acontecendo eventualmente. Quando eu falo de longevidade de artistas negros, estou falando de algo prático, visível", resume Silvana. (Arte: Rosana Paulino)