No auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre, o sambista mostrou porque continua um dos principais nomes da música brasileira, vencedor do Grammy latino de samba recentemente.
Além de homenagear Cartola, Lupicínio e Clementina de Jesus com um acapalla que pegou todo mundo de supresa, Pauliho deu aula de voz e cavaquinho.
Portelense de alma e coração, ele contou sobre o dia em que compôs a música de uma letra que homenageava a Mangueira:
"Fiz a música em 15 minutos. Depois, soube que ela foi inscrita em um concurso de sambas. Tentei tirar a música do festival, mas não deu. Quando fui na quadra da Portela, todo mundo me olhava estranho", disse, rindo da lembrança.
O domínio de Paulinho sobre os instrumentos de corda é hipnotizante, mas não tanto como sua voz de veludo, que soa como um abraço aos corações partidos da plateia
Mandando uma inédita que ainda não gravou, Paulinho da Viola mostra não apenas que o samba é imortal, mas que continua atual e contemporâneo.