O Beco dos Pesadelos mostra que monstros também estão na realidade

Por Rafael Gloria

Estreia esta semana nos cinemas o novo filme do cineasta oscarizado Guillermo Del Toro, O Beco dos Pesadelos.

Trata-se de um remake do clássico noir, de 1947, O Beco das Almas Perdidas, de Edmund Gouldingum.

O lançamento é estrelado por nomes como Bradley Cooper, Cate Blanchett, Rooney Mara, Toni Collette e Willem Dafoe.

A trama acompanha Stanton Carlisle, que consegue trabalho em um circo e lá se torna amigo da vidente Zeena e do seu marido mentalista, Pete.

Nessa primeira parte do filme, Del Toro monta uma ambientação mais fantasiosa a partir dos  espetáculos e “aberrações”  criadas pelos donos do circo.

No circo, Carlise acaba aprendendo com Pete e vai para NY, com Molly, sua crush, para fazer espectáculos para a elite.

O que é interessante na atuação de Cooper é como ela começa com poucas palavra, e depois domina a oratória através de seus truques

O conflito principal surge quando Carlise começa a  usar o ilusionismo para mentir e enganar pessoas que estão em situações delicadas.

Com isso, o filme também cria uma discussão sobre como a ambição pode criar uma ilusão palpável, mas com consequências trágicas.

Cate Blanchett também está muito segura na personagem terapeuta, que acaba roubando a atenção do espectador - e do próprio Carlise.

Del Toro faz um trabalho efetivo na direção, e mesmo sem um elemento fantástico como de praxe, o monstro ainda está ali - metaforicamente.