5 anos de Queermuseu

5 anos de Queermuseu

Nonada Jornalismo Fotos: Thomaz Silva (Agência Brasil)

Era 15 de agosto de 2017, em Porto Alegre, quando foi inaugurada a exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, no Santander Cultural, atual Farol Santander.

Menos de um mês depois da abertura, a Queermuseu foi cancelada pelo banco após uma série de ataques virtuais

O Ministério Público Federal recomendou que o banco reabrisse a mostra, afirmando que as obras não violavam nenhum direito. Mas ela permaneceu fechada

Passados cinco anos, o curador Gaudêncio Fidelis analisa o caso em conversa com o Nonada Jornalismo

“ A censura da Queermuseu não era um incidente isolado, mas uma investida precisa de setores da ultradireita e dos fundamentalistas"

Gaudêncio recebeu mais de cem ameaças. As perseguições após o fechamento da exposição não cessaram até ele deixar o país“. Evitei falar sobre isso, porque nunca quis desviar o foco de atenção.”

Ele acredita que hoje, as instituições deveriam defender a liberdade de expressão.  “Muitas têm, não só promovido censura, como recuado ao primeiro sinal dela”, afirma.

“O banco Santander perdeu sua legitimidade com a comunidade artística e cultural e mostrou que é uma instituição censora”, diz

Olhando em retrospecto, a Queermuseu se mostra ainda mais acertada na minha opinião. A exposição teve excelente repercussão internacional e é reconhecida dentro desta história