Distopia "A Nuvem Rosa" antecipou a ideia de lockdown

Por Rafael Gloria Nonada Jornalismo

O longa brasileiro dirigido pela cineasta Iuli Gerbase causou uma boa impressão na crítica e em festivais internacionais em 2021

Na produção, um casal que acabou de se conhecer é obrigado a conviver no mesmo apartamento por causa da chegada de uma misteriosa nuvem rosa, que mata rapidamente quem sair para a rua

Soa familiar?  A produção está sendo comentada por “antecipar” a pandemia do coronavírus, já que a trama é muito parecida com o que estamos vivendo

A diretora Iuli Gerbase, porém, em diversas entrevistas já explicou que o filme foi rodado em 2019, ou seja, antes dos acontecimentos reais causados pela pandemia

As cenas são angustiantes, porque o que é mostrado é semelhante à realidade, como o aumento do uso de telas e o distanciamento social e emocional

Porém, trata-se de um filme principalmente focado em diálogos sobre esse “forçado” relacionamento, e como a situação acaba modificando a vida dos personagens

A produção também tem uma destacada paleta de cores, em que o rosa vai dando lugar por vezes a um roxo marcante ou até a um assustador verde em um momento crucial da trama

O filme é eficiente em  fazer refletir sobre a própria humanidade e as relações que cultivamos, enriquecendo o imaginário ao mostrar que o lockdown também pode ser um processo apocalíptico