o brincar na arte

Nonada Jornalismo

A palavra brincar, na etimologia, vem do latim vinculum – ligação, vínculo, consigo e com o outro, com o mundo.

Brincar, para  Lydia Hortélio, é afirmar a vida, é viver em plenitude e liberdade. Educadora, Lydia é uma guardiã da cultura da infância.

Lydia busca a educação pela sensibilidade e pelas manifestações do corpo, muitas vezes ignoradas na experiência de ser adulto.

A revolução que falta, para a pesquisadora, é a revolução da criança, da brincadeira, e brincar é sobretudo liberdade de tempo, espaço e criação, independente da idade.

Em festejos como o carnaval, o jongo, as congadas, o frevo, o maracatu, as festas de São João, entre outras, quem participa é chamado de brincante.

A palavra pode designar quem assiste, quem toca instrumento, quem dança, quem canta, quem carrega estandarte.

Brincante é quem vive a experiência da festa em todas as suas dimensões e que se diverte na relação com os outros.

Coletivos como o  Bando de Brincantes atuam em diversas frentes, produzindo espetáculos teatrais, oficinas e palestras

Já o Bloco da Laje oportuniza a experiência de entrar na brincadeira não sendo mais criança. Para participar, basta se permitir, porque “todo mundo tem a brincadeira dentro de si”.

Brincar é criar vínculos, se permitir ser o que se é e se permitir criar.