A partir do tema “A iminência das poéticas”, a Bienal de São Paulo deste ano, que acontece entre os dias 7 de setembro e 9 de dezembro, estabelecerá diálogos entre as produções de artistas consagrados e, principalmente, de artistas contemporâneos emergentes. O curador Luis Pérez-Oramas, venezuelano, explicou na coletiva de abertura do evento, ocorrida no dia 12 deste mês, que o desafio será a articulação entre as diferentes linhas de trabalho dos participantes, o que inclui também a consideração do pavilhão da Bienal no Ibirapuera, desenhado por Oscar Niemeyer, como elemento integrante na concepção das exposições.
Ao todo serão 110 os artistas expositores – 50 a menos do que na edição anterior. A redução aconteceu também no orçamento, que passou dos R$ 30 milhões de 2010 para R$ 21 milhões neste ano. A crise fiscal que abateu recentemente a Fundação Bienal de São Paulo a fez parar na lista de inadimplentes do Ministério da Cultura e ter a captação de recursos congelada em janeiro. O curador afirmou que a questão econômica não se impôs à curadoria, que partiu de um projeto ideal e depois o adaptou às condições existentes. As contas da Fundação foram liberadas no fim do mês de março, garantindo a realização da exposição no tempo previsto.
Entre os artistas participantes mais conhecidos estarão o norte-americano Robert Smithson grande nome da land art, o brasileiro Arthur Bispo do Rosário, atualmente em exposição no Santander Cultural de Porto Alegre, e o alemão Hans-Peter Feldmann, artista conceitual alemão. A lista completa dos artistas está disponível na página do evento. A mostra será organizada por “constelações” de trabalhos dialogantes em quatro zonas curatoriais, denominadas Sobrevivências, Alterformas, Derivas e Vozes, e uma zona transversal, chamada Reverso. Esta última consistirá em intervenções urbanas, mostras em parceria com outras instituições da cidade, exibições de filmes e apresentações teatrais e musicais.
