Skank a mil por hora

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(Foto: Ita Pritsch/Nonada)

Depois de quase dois anos, Skank voltou a Porto Alegre para apresentar seu mais novo disco, Velocia (2014). De casa cheia, a platéia era composta por gente de todas as idades, incluindo muitas famílias e casais. Para uma banda com mais de 20 anos de carreira e inúmeros sucessos, nada mais justo do que a banda mineira tocar 27 músicas em duas horas de show no Araújo Vianna.

Com apenas 15 minutos de atraso, o telão no fundo do palco nos deu a sensação de que estávamos correndo de carro numa estrada à noite, ilustrando a primeira música do show, A Noite. O grande sucesso Uma Partida de Futebol, parceria com o astro pop Nando Reis, foi a segunda música e o primeiro momento de euforia do público, como era de se esperar. Na música Saideira, tem homem que virou macaco e disparou a dançar.

Samuel Rosa, vocalista da banda, mudou a ordem do setlist a seu bel-prazer e tocou Canção Noturna antes da hora. As recentes Alexia, Ela me Deixou e Do mesmo Jeito também animaram o público (essa última é uma parceria com o músico Lucas Silveira, da banda gaúcha Fresno). A seguir, vieram as veteranas Balada do Amor Inabalável, Vou Deixar e Garota Nacional. Foi o principal ponto alto do show: os mais altos gritos, os mais altos pulos.

Não posso deixar de falar das famosas versões de É Proibido Fumar e Vamos Fugir, de Roberto Carlos e Gilberto Gil, respectivamente. Elas fazem tanto sucesso nas mãos do Skank que há quem pense que eles são os verdadeiros autores dessas músicas. A alegria continuou tomando conta do auditório.

O disco Calango (1994), o segundo da carreira e um dos mais emblemáticos dos anos 90 no cenário do pop rock nacional, foi representado pelas músicas Jackie Tequila e Te Ver, grandes sucessos da época e que têm forte influência do reggae e do ska.

Depois disso, houve uma pausa da banda. Só o tecladista Henrique Portugal permaneceu no palco e deu uma de DJ por mais ou menos dois minutos. A banda voltou e começou a tocar a nova Esquecimento, quando, de repente, uma fã tentou subir no palco e, infelizmente, foi retirada. E aí iniciou-se a enxurrada de baladas românticas do Skank: Sutilmente, Amores Imperfeitos, Resposta e Dois Rios para sensibilizar os casais e despedaçar ainda mais os corações  partidos. Essa última foi a performance mais bonita do show.

As últimas músicas ficaram por conta de Ali – surpresa da noite, já ela não está no setlist desta turnê –, Tão Seu e novamente Ela Me Deixou.  E assim terminou o show do Skank, com músicas tocantes e animadas, ideais para lembrar que a vida passa e sempre passará a toda velocidade.

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Editora, nordestina, nômade e entusiasta de produções autorais. Gosta de escrever sobre música e qualquer coisa que seja cultura.

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