Shaun desponta como representante da música psicodélica no RS

Foto – Elizabet Thiel

Tem banda nova prometendo agitar a cena musical portoalegrense. A Shaun, grupo liderado por João Carneiro, vem com uma sonoridade da psicodelia e do rock britanico dos anos 1990 no primeiro single, “Terra em Transe”, lançado este mês.  A banda é formada ainda por Lucas Juswiak, Eduardo Comerlato, Leonardo Vidal, Samuel Kirst e Arthur da Costa.

“Terra em Transe”traz referências do rock de Manchester dos anos 1990 (Happy Mondays, Stone Roses, Ian Brown) e fala sobre viver em um mundo e senti-lo em constante transição. A música foi lançada pelo Selo 180, produzida por Jonts Ferreira (Valentinos) e mixada por Tiago Abrahão (Wannabe Jalva). Entre os músicos envolvidos, estão também Jojô Lonestar (Wannabe Jalva e Tagua Tagua) na guitarra, Fappo (Fappo & Os Humanoides) na guitarra e no violão, Lucas Juswiak (O Tombo e ex-Bidê ou Balde) no baixo e Pedro Petracco (Cartolas, Império da Lã e Pederneiras) na bateria. Confira o clipe aqui.

Conversamos com João Carneiro sobre as influências e o que mais vem por aí na Shaun.

Nonada – Levando em conta o movimento psicodélicodos anos 1960 e 70 e um período de maior força do gênero, acredita que a psicodelia na música cresce em momentos de maiores mudanças. Por quê?

João – Eu não acho que a psicodelia em si se sobressaia nesses momentos. Mas o que sobressai sao movimentos sociais, ideológicos, que acabam criando força e se expressando de alguma maneira. E alguns desses movimentos, seja por questão estética ou por motivação própria, utilizam psicodelia nessa forma de expressão. Mas claro, a psicodelia se manifesta de diferentes formas, entao isso é muito relativo. Acho que o que ganha força na verdade sao movimentos. Não digo o projeto tem alvuma ideologia, quem conhece a gente sabe das nossas ideias.

Nonada – Como a Shaun se diferencia em meio às referências da psicodelia musical brasileira?

João – Acho que em “Terra em Transe”, por exemplo, ela de certa maneira fala de uma pessoa que vive em meio ao caos e sente a terra em transe, mas de diferentes maneiras: as coisas mudam para ela e em volta dela. Talvez a gente nao tente se diferenciar, mas as músicas trazem muito de uma sonoridade da década de 1990, de Manchester, Happy Mondays e Ian Brown principalmente e de umas bandas mais atuais, tipo Kasabian – tem um projeto do cara do Kasabian que se chama The S.L.P., que é muito foda também – , e  elementos do britpop, Oasis e tal. Nessa música não entrou muito o lance da influência brasileira, que eu tenho, todo mundo [na banda] tem bastante.

Nonada – Vocês já estão preparando EP ou álbum a partir desse single? Pode contar um pouco mais do que vai surgir?

João – A gente lançou esse single agora, em dezembro vai ter um lado B, que vai se esse single remixado pelo Pedro Petracco, que é um amigo meu, baterista e um grande cara, e o plano é em janeiro lançar um outro single, que se chama “Babilônia”. Nossa ideia é fazer meio um hit do verão, bem pilhado.

 

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