Por Jerusa Campani
Fotos: Ita Pritsch (http://www.flickr.com/photos/itapritsch)
Fãs de diferentes gerações puderam curtir o grande show dos 30 anos dos Paralamas do Sucesso, na noite dessa sexta-feira, 10 de maio. Com um repertório que brincava entre as três décadas, o Power Trio levantou a galera com clássicos como Melô do Marinheiro, Meu Erro e Romance Ideal, de 1984. Para ninguém se perder nos longos trinta anos de sucesso, cada música era anunciada com o ano, em um grande telão de led atrás da banda. Durante as músicas, fotos antigas, cenas de bastidores e alguns dos melhores clipes: “Ela disse Adeus” e “A Brasileira” relembraram os fãs das divertidas produções audiovisuais do grupo.
No sucesso “Óculos”, a galera cantou junto: “Por que você não olha pra mim? Me diz o que que eu tenho de mal. Por trás desses óculos tem um cara legal…” – e Herbert Vianna completou: “em cima dessas rodas também bate um coração”, arrancando aplausos e gritos da plateia duplamente fã do músico, símbolo de superação. Dos sucessos dos anos 2000, “O Calibre” (2002) animou o público que gritava toda a letra com as mãos para cima: “Vivo sem saber até quando ainda estou vivo, sem saber o calibre do perigo. Eu não sei daonde vem o tiro” – essa com destaque pro “polvo” João Barone, que deu o show de sempre na batera. Em “O Beco” também rolou uma aula do mestre das baquetas.
Além dos sucessos românticos da banda, como “Cuide bem do seu Amor”, de 2002, e “Saber Amar” de 1995, os casais se colaram numa bonita homenagem ao mestre Tim Maia. Além dele, outros foram muito bem lembrados nessa noite: teve “Como uma Onda” do Lulu, A Novidade, de Gilberto Gil e até um The Police entrou de gaiato no meio do hit “Vital e sua Moto”, com De Do Do De Da Da Da. Rolou ainda, na finaleira, um “Que país é esse?” do Legião Urbana.
Antes de se despedir, Herbert lembrou da felicidade da banda no início da carreira quando as apresentações do grupo lotaram dois dias seguidos o Gigantinho – coisa que parecia impossível, segundo ele – e falou da importância de Porto Alegre nesse resgate da história do trio. “Mas vamos deixar de blábláblá e continuar o show”, seguiu ele.
Aplaudidos por muito tempo, a banda se despediu de verdade depois de um longo bis que fechou o bonito show de quase duas horas e aproximadamente 30 músicas. Difícil alguém não ter saído satisfeito, sem ter ouvido sua preferida. Grande noite de memória e carinho por essa banda que faz parte da trilha sonora da vida de muita gente, de todas as idades.