Festival FALA! debate o futuro do jornalismo a partir da perspectiva popular pautada na diversidade

São Paulo, agosto de 2022 – A terceira edição do FALA! – Festival de comunicação, culturas e jornalismo de causas ocorre de 25 a 27 de agosto. As ações serão realizadas no Teatro Gregório de Mattos de forma gratuita, em
Salvador (BA), com transmissão ao vivo pelo canal do Youtube do festival. O objetivo central do FALA! é criar um espaço de debate sobre o papel dos meios de comunicação e como eles podem servir de apoio para uma sociedade mais democrática, diversa, e romper os padrões do jornalismo tradicional, valorizando a cultura, identidade e diversidade de linguagens.

As discussões propostas para as mesas de debates desta edição permeiam temas relacionados ao papel dos meios de comunicação na democracia, direitos humanos, movimentos sociais, cultura, combate ao silenciamento, jornalismo posicionado e novas formas de ver o mundo. “Pensando no futuro do jornalismo e dos meios de comunicação em massa, o propósito do FALA! é abraçar a diversidade e a democracia a partir da perspectiva popular dentro da área e abrir espaço para que profissionais independentes atuem de forma conjunta, sendo capazes de desenvolver discussões amplas e democráticas sobre os temas atuais”, comenta Rosenildo Ferreira, fundador do site de notícias 1 Papo Reto e idealizador do Festival FALA!

No dia 25 de agosto, às 19h30, dando início à terceira edição do Festival FALA!, a mesa de abertura intitulada O lugar da utopia em um mundo distópico traz discussões sobre como os ideais de uma sociedade igualitária e verdadeiramente democrática podem impulsionar uma agenda política de oposição ao avanço do autoritarismo, do preconceito e da violência. A mediação do debate será realizada por Cristiane da Silva Guterres, jornalista, apresentadora e redatora, com participação de Helio Santos, doutor em administração e fundador do IBD (Instituto Brasileiro de Diversidade), e Cíntia Guedes, doutora em comunicação pela UFRJ, com ênfase em relações raciais, colonialidade do poder e produção de subjetividade.

Abrindo o segundo dia de FALA!, às 10h15, o painel Entre redes e ruas: Que democracia é essa? apresenta uma discussão sobre a qualidade da democracia no Brasil a partir de um debate público promovido nas redes sociais e na vivência das ruas. Mediada por Rosane Borges, doutora em ciência da comunicação pela ECA-USP, a mesa também recebe Michel Silva, graduado em jornalismo pela PUC-RJ, é co-fundador do jornal Fala Roça; Midiã Noelle, jornalista e mestra em cultura pela UFBA; e Célia Tupinambá, líder indígena, professora, intelectual e artista da aldeia Serra do Padeiro.

Na sequência, às 15h00, Novas resistências para velhas violações é o tema apresentado por Valéria Lima, do Instituto Mídia Étnica e do Portal Correio Nagô, que discorre sobre o papel da comunicação na construção de caminhos contra a barbárie. Para integrar a mesa, participam Guilherme Soares, jornalista, consultor em diversidade e criador do Guia Negro; Denise Mota, jornalista dos veículos Agence France-Press, No Toquen Nada e Folha de S. Paulo e Claudia Wanano, comunicadora da Rede Wayuri, de São Gabriel da Cachoeira (AM).

Para finalizar os debates deste dia, a mesa Uma cidade para todas as histórias, mediada pela jornalista Mônica Santos, às 18h45, discute a ocupação de artistas, movimentos sociais e comunicadores em espaços gentrificados das grandes metrópoles. A artista visual e muralista Luna Barros, o coordenador do Centro Cultural Que Ladeira É Essa, Marcelo Teles, e a comunicadora e mestranda em educação pela USP Ana Flor, são os participantes convidados para o painel.

Iniciando a programação do último dia do Festival FALA!, a co-fundadora do portal Nós, Mulheres da Periferia Semayat Oliveira apresenta a mesa Novas formas de ver e contar o mundo às 10h30, trazendo linguagens e narrativas que provocam o pensamento crítico misturando arte, cultura e jornalismo. Ao seu lado nesta discussão estão: Fabiana Lima, do Slam das Minas; Darwiz Bagdeve, professor universitário e escritor da história em quadrinhos Guerreiro Fantasma, e Yane Mendes, cineasta periférica e parte do time de coordenadores da Rede Tumulto, em Recife.

Às 15h00, acontece o penúltimo painel do festival: Nós por nós. Identidade, cultura ancestral e combate ao silenciamento. Nele participam Naira Santa Rita, profissional da área de direitos humanos e sustentabilidade; Erisvan Guajajara, jornalista, defensor dos direitos indígenas, fundador e coordenador da Mídia Índia; Joyce Cursino, jornalista, produtora e cineasta; e Natureza França, educadora, mestra em dança e produtora cultural, integrante do Quilombo Aldeia Tubarão e da Rede ao Redor. Vão debater a organização das redes e a produção de informações como instrumento de resistência, luta, memória e identidade de grupos silenciados pela grande mídia.

Fechando os três dias de discussões e aprendizado sobre comunicação, cultura e democracia, às 18h00, os grupos Alma Preta, Marco Zero Conteúdo, Ponte Jornalismo e 1 Papo Reto encerram o festival com o painel O jornalismo posicionado e suas subjetividades, que apresenta e defende a comunicação posicionada que dialoga com a arte e a cultura.

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